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  • Autor - Relaction

A excelência com outras lentes.

Para quando quadros de honra para…

… o(a) melhor marcador(a) de penaltis no recreio?

… a criança que evita o isolamento de um colega por sofrer de bullying ou o protege corajosamente dos agressores?

… a criança que inventa o penteado mais incomum e divertido?

… a criança que cria uma excelente ideia para a eficácia da propagação da cultura de não-violência?

… a criança com o comportamento mais ousado que despenteia a previsibilidade, sem desrespeitar as pessoas?

… a criança que conquista uma positiva baixinha, fruto de um esforço gigante, superando o rótulo de «impossível» atribuído por alguém inicialmente?

… a atuação mais imperfeita e positivamente impactante numa peça de teatro na festa da escola?

… a relação de amizade indiscutivelmente inspiradora, pelo companheirismo sempre presente?

… o brilhantismo de uma criança tímida numa apresentação em público?

… a criança que voluntariamente, durante várias semanas, passa os apontamentos das aulas no caderno do(a) amigo(a) que partiu o braço?

… a criança que escreve o texto mais criativo sobre a riqueza do respeito e da admiração da diferença?

… a criança que dá a resposta mais desafiante (crítica e fundamentada), confrontando o ideal de resposta e os critérios de correção?

… a criança com o caso de sucesso escolar que mais contraria os insucessos pessoais passados e as probabilidades de sucesso esperadas?

Tantos quadros de honra que se podem atribuir! A falta de originalidade do sistema do costume, que apenas usa um critério, de ano para ano, torna-se um pouco aborrecida! Há crianças extraordinárias, com talentos incríveis, com mudanças inesperadamente exemplares, com uma capacidade de esforço excelente, com uma criatividade invejável, com percursos de resiliência muito bons, com um espírito crítico desafiador e perspicaz, com um coração lindo… É uma lista sem fim, mas com uma finalidade bem evidente. Estas crianças não merecem esse reconhecimento? Se o receberem, podem acreditar, farão ainda mais e melhor (não só por eles!). Pense! Só quem tira as notas mais altas é que merece entrar nos quadros de honra?


Tiago Sá Balão

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