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Tiago Sá Balão

Não aceites o que te faz mal.

Não aceites o que te faz mal! Não «normalizes» o teu mal-estar! Podes pensar que há pessoas com situações mais graves e, por essa razão, achas que não te deves queixar. Podes sentir que estás a ser ingrato(a) por não estares a valorizar o que tens de bom na vida e, por isso, dizes para ti próprio(a) que só deves olhar para o lado positivo. Podes acreditar que tens de aceitar o que é «normal» no teu dia-a-dia, o que acontece há já muitos dias, semanas, meses ou anos, mesmo que esse «normal» seja negativo. A verdade é que essas «estratégias» não funcionam e o teu mal-estar permanece (e começas a definhar). Simplesmente porque ignorar o teu mal-estar nunca foi solução (nem nunca será) para os teus problemas e para as tuas dificuldades. por mais que possa parecer nas verbalizações de algumas pessoas (as tais pessoas «bem resolvidas» que dizem só olhar para o lado positivo da vida e que tentam mostrar que ignorar os problemas é a solução mágica - não te deixes levar pelas aparências!). Fica com o que te digo: não aceites o que te faz mal! Olha de frente para o teu mal-estar, explora-o para saberes mais sobre ele, e procura / cria o teu bem-estar.


É verdade que há pessoas que vivem situações gravíssimas, mas isso não deve proibir de sentires o que sentes quando alguma coisa não está bem na tua vida, mesmo que por comparação, aos teus olhos, possa ser de menor gravidade o que estás a viver/sentir ou, aos olhos de alguns, um certo capricho teu. É verdade que deves estar grato(a) pelo que de bom tens na vida, mas isso não deve impedir de resolveres os teus problemas olhando para eles olhos nos olhos. É verdade que te podes habituar a viver de uma maneira mais tristonha dia após dia, mas não tem de ser considerado um bom hábito. A vida é tua! És tu que vives a tua vida! És tu que sentes o impacto das coisas na tua vida! Por isso, aprende a valorizar o que estás a sentir e não aceites para a tua vida o que te faz mal. E não aceites conselhos de quem não te conhece (e não te quer conhecer) verdadeiramente, de quem não faz um esforço de ser empático contigo. E não penses que estás sozinho(a), porque, te garanto, há sempre alguém disponível para te ajudar. Abre-te a quem aceita e acolhe a tua vulnerabilidade. São essas mesmas pessoas que também te ajudarão a conquistares o teu bem-estar. Simplesmente porque são pessoas de corpo e alma, isto é, humanamente presentes no mundo.

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